31/07/2011

Oração do "Tempo de Lua"

Flores do Jardim de Vênus! Coloco aqui uma oração (recebida pelo FB) linda e forte para que possamos honrar nosso feminino, especialmente "aqueles dias", dias de transformação, o limiar entre "vida-morte-vida", momentos especiais que passamos todos os meses... Que maravilha é ser mulher!
Mulheres re-tomem o seu PODER! Sua natureza!

NA TENDA DA LUA

“Eu sou mulher que dá a nutrição para assegurar a vida deste planeta, com meu poder do meu tempo-de-lua, do meu sangue, com meu poder do nascimento. Com meu sangue eu alimento a terra que nos alimenta a todos. Sempre me recordo. Eu sou mulher, eu sou terra, eu sou vida, eu sou nutrição, eu sou mudança.
Eu sou mulher, eu sei a vida e a morte, a dor e a saúde em minha essência, em meu útero. Eu conheço os lugares sangrentos: o espaço estreito entre a vida e a morte, o lugar de nascimento sangrento, o fluxo sangrento de deixar a vida ir. Eu sou mulher. Meu sangue é poder. Poder calmo, sangue calmo.
Meu sangue é nutrição total. Meu sangue nutre o feto crescente. Meu sangue transforma-se em leite para nutrir um bebê. Meu sangue flui na terra como alimento para a Grande Mãe, Gaia, Mãe Terra.
Este é meu Tempo-de-Lua.
O tempo quando meu útero escorre fluídos sagrados, fluídos que espantam homens por milênios, contudo não espantam nem a mim nem minhas irmãs.
Oh, como entendia mal este tempo sagrado, esta época de limpeza e renovação! Esta vez em que o sangue velho é posto para fora sem ferimento.
Que criaturas poderosas somos nós, mulheres, para sangrar sem ferida!
Hoje à noite eu acenderei os fogos sagrados e danço ao balançar das árvores como faíscas em espiral para que a lua e as estrelas mantêm o tempo para mim.
Este é meu Tempo-de-Lua e eu sou sagrada.
Meu útero é sagrado.
Meu sangue á sagrado.
Meu corpo é sagrado.
E este é meu Tempo-de-Lua
Eu deixarei a minha avó, a lua, banhar-me em seu fulgor fresco, misterioso.
Eu enxaguarei meu cabelo e minha mente em sua fonte brilhante.
Sua luz inspira contemplação.
Meu Tempo-de-Lua convida a meditação e limpeza da mente da desordem, das perturbações e das aflições.
Eu deixarei o fulgor doce da Vovó Lua derramar em mim cada polegada, varrendo afastando as sombras em minha alma, enchendo-me com a luz suave e radiante.
Este é meu Tempo-de-Lua e eu sou da Lua hoje à noite.
Eu sou feita da matéria lunar e das estrelas, e do amor de seres cujas vidas são uma viagem, milhas do recolhimento.
E quando eu olhar a Lua e as estrelas, eu vejo em mim o reflexo de sua luz.
Este é meu Tempo-de-Lua e eu estou contente com ele.”

25/07/2011

Hoje é o dia fora do tempo! Sincronário da paz

Segundo o Calendário Maia, hoje é o “dia-fora-do-tempo”, também conhecido como o “Dia do Perdão Universal”.
"Compaixão não é ter um coração transbordante de piedade para com os outros. Compaixão é um amor tão profundo que você está disposto a fazer o que for preciso para trazer luz a uma situação”


No calendário de 13 luas de 28 dias, o Sincronário da Paz, estamos no Ano LUA HARMÔNICA VERMELHA (ano que vai de 26/7/2010 a 25/7/2011)., que não tem o aspecto físico ou material do tempo. Por isso hoje não é nem DALI, nem SELI, nem GAMA, nem KALI, nem ALFA, nem LIMI e nem SÍLIO. Corresponde ao dia 25/07/2011, segunda-feira, no calendário gregoriano.
ESTAMOS, PORTANTO, FAZENDO A TRANSIÇÃO DO ANO ANO LUA HARMÔNICA VERMELHA PARA O ANO MAGO RÍTMICO BRANCO, QUE TERÁ INÍCIO AMANHÃ, 26/07/2011.
A “assinatura galáctica” de hoje (energia solar e energia galáctica presentes neste dia – aspecto energético ou espiritual do tempo, representação da freqüência natural do ser humano, que é 13:20) é representada pelo Kin 213, CAMINHANTE DO CÉU HARMÔNICO VERMELHO. Esta assinatura galáctica e o dia de hoje, KIN 213, tem a ver com (EXPLORAR, VIGILÂNCIA e ESPAÇO) energia do selo CAMINHANTE DO CÉU e (POTENCIALIZA, COMANDA e RADIAÇÃO) – energia do tom HARMÔNICO.
Hoje não temos um preceito de sabedoria para reflexão, pois são apenas 17 os preceitos do Projeto Rinri e eles são encontrados dos dias de 7 a 23 de cada lua, na Agenda 13:20, que editamos, e também no MANUAL DOS MAGOS DA TERRA.
Estamos, conforme já foi dito, no dia 25/07/2011, o “Dia-Fora-do-Tempo”, o “Dia da Liberdade Galáctica” o “Dia do Perdão Universal”, o dia da TRANSIÇÃO DO ANO LUA HARMÔNICA VERMELHA PARA O ANO MAGO RÍTMICO BRANCO, QUE TERÁ INÍCIO AMANHÃ, 26/07/2011.
Este é um dia especial que precisamos celebrar com cerimônias galácticas.
Veja a programação de tais cerimônias no site
http://www.sincronariodapaz.org/

“Divino Criador, pai, mãe, filho em um...
Se eu, minha família, meus parentes e ancestrais lhe ofenderam, à sua família, parentes e ancestrais em pensamentos, palavras, atos e ações do início da nossa criação até o presente, nós...
pedimos seu perdão...
Deixe isto limpar, purificar, liberar, cortar todas as lembranças, bloqueios, energias e vibrações negativas e transmute estas energias indesejáveis em pura luz...
E assim está feito”.

Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grato.

14/07/2011

Carta do Cacique Mutua a todos os povos da Terra


O Sol me acordou dançando no meu rosto. Pela manhã, atravessou a palha da oca e brincou com meus olhos sonolentos.

O irmão Vento, mensageiro do Grande Espírito, soprou meu nome, fazendo tremer as folhas das plantas lá fora.
Eu sou Mutua, cacique da aldeia dos Xavantes. Na nossa língua, Xingu quer dizer água boa, água limpa. É o nome do nosso rio sagrado.
Como guiso da serpente, o Vento anunciou perigo. Meu coração pesou como jaca madura, a garganta pediu saliva. Eu ouvi. O Grande Espírito da floresta estava bravo.
Xingu banha toda a floresta com a água da vida. Ele traz alegria e sorriso no rosto dos curumins da aldeia. Xingu traz alimento para nossa tribo.
Mas hoje nosso povo está triste. Xingu recebeu sentença de morte. Os caciques dos homens brancos vão matar nosso rio.
O lamento do Vento diz que logo vem uma tal de usina para nossa terra. O nome dela é Belo Monte. No vilarejo de Altamira, vão construir a barragem. Vão tirar um monte de terra, mais do que fizeram lá longe, no canal do Panamá.
Enquanto inundam a floresta de um lado, prendem a água de outro. Xingu vai correr mais devagar. A floresta vai secar em volta. Os animais vão morrer. Vai diminuir a desova dos peixes. E se sobrar vida, ficará triste como o índio.
Como uma grande serpente prateada, Xingu desliza pelo Pará e Mato Grosso, refrescando toda a floresta. Xingu vai longe desembocar no Rio Amazonas e alimentar outros povos distantes.
Se o rio morre, a gente também morre, os animais, a floresta, a roça, o peixe tudo morre. Aprendi isso com meu pai, o grande cacique Aritana, que me ensinou como fincar o peixe na água, usando a flecha, para servir nosso alimento.
Se Xingu morre, o curumim do futuro dormirá para sempre no passado, levando o canto da sabedoria do nosso povo para o fundo das águas de sangue.
Hoje pela manhã, o Vento me levou para a floresta. O Espírito do Vento é apressado, tem de correr mundo, soprar o saber da alma da Natureza nos ouvidos dos outros pajés. Mas o homem branco está surdo e há muito tempo não ouve mais o Vento.
Eu falei com a Floresta, com o Vento, com o Céu e com o Xingu. Entendo a língua da arara, da onça, do macaco, do tamanduá, da anta e do tatu. O Sol, a Lua e a Terra são sagrados para nós.
Quando um índio nasce, ele se torna parte da Mãe Natureza. Nossos antepassados, muitos que partiram pela mão do homem branco, são sagrados para o meu povo.
É verdade que, depois que homem branco chegou, o homem vermelho nunca mais foi o mesmo. Ele trouxe o espírito da doença, a gripe que matou nosso povo. E o espírito da ganância que roubou nossas árvores e matou nossos bichos. No passado, já fomos milhões. Hoje, somos somente cinco mil índios à beira do Xingu, não sei por quanto tempo.
Na roça, ainda conseguimos plantar a mandioca, que é nosso principal alimento, junto com o peixe. Com ela, a gente faz o beiju. Conta a história que Mandioca nasceu do corpo branco de uma linda indiazinha, enterrada numa oca, por causa das lágrimas de saudades dos seus pais caídas na terra que a guardava.
O Sol me acordou dançando no meu rosto. E o Vento trouxe o clamor do rio que está bravo. Sou corajoso guerreiro, não temo nada.
Caminharei sobre jacarés, enfrentarei o abraço de morte da jiboia e as garras terríveis da suçuarana. Por cima de todas as coisas pularei, se quiserem me segurar. Os espíritos têm sentimentos e não gostam de muito esperar.
Eu aprendi desde pequeno a falar com o Grande Espírito da floresta. Foi num dia de chuva, quando corria sozinho dentro da mata, e senti cócegas nos pés quando pisei as sementes de castanha do chão. O meu arco e flecha seguiam a caça, enquanto eu mesmo era caçado pelas sombras dos seres mágicos da floresta.
O espírito do Gavião Real agora aparece rodopiando com suas grandes asas no céu.
Com um grito agudo perguntou:
Quem foi o primeiro a ferir o corpo de Xingu?
Meu coração apertado como a polpa do pequi não tem coragem de dizer que foi o representante do reino dos homens.
O espírito do Gavião Real diz que se a artéria do Xingu for rompida por causa da barragem, a ira do rio se espalhará por toda a terra como sangue e seu cheiro será o da morte.
O Sol me acordou brincando no meu rosto. O dia se abriu e me perguntou da vida do rio. Se matarem o Xingu, todos veremos o alimento virar areia.
A ave de cabeça majestosa me atraiu para a reunião dos espíritos sagrados na floresta. Pisando as folhas velhas do chão com cuidado, pois a terra está grávida, segui a trilha do rio Xingu. Lembrei que, antes, a gente ia para a cidade e no caminho eu só via árvores.
Agora, o madeireiro e o fazendeiro espremeram o índio perto do rio com o cultivo de pastos para boi e plantações mergulhadas no veneno. A terra está estragada. Depois de matar a nossa floresta, nossos animais, sujar nossos rios e derrubar nossas árvores, querem matar Xingu.
O Sol me acordou brincando no meu rosto. E no caminho do rio passei pela Grande Árvore e uma seiva vermelha deslizava pelo seu nódulo.
Quem arrancou a pele da nossa mãe? gemeu a velha senhora num sentimento profundo de dor.
As palavras faltaram na minha boca. Não tinha como explicar o mal que trarão à terra.
Leve a nossa voz para os quatro cantos do mundo clamou O Vento ligeiro soprará até as conchas dos ouvidos amigos ventilou por último, usando a língua antiga, enquanto as folhas no alto se debatiam.
Nosso povo tentou gritar contra os negócios dos homens. Levamos nossa gente para falar com cacique dos brancos. Nossos caciques do Xingu viajaram preocupados e revoltados para Brasília. Eu estava lá, e vi tudo acontecer.
Os caciques caraíbas se escondem. Não querem olhar direto nos nossos olhos. Eles dizem que nos consultaram, mas ninguém foi ouvido.
O homem branco devia saber que nada cresce se não prestar reverência à vida e à natureza. Tudo que acontecer aqui vai voar com o Vento que não tem fronteiras. Recairá um dia em calor e sofrimento para outros povos distantes do mundo.
O tempo da verdade chegou e existe missão em cada estrela que brilha nas ondas do Rio Xingu. Pronta para desvendar seus mistérios, tanto no mundo dos homens como na natureza.
Eu sou o cacique Mutua e esta é minha palavra! Esta é minha dança! E este é o meu canto!
Porta-voz da nossa tradição, vamos nos fortalecer. Casa de Rezas, vamos nos fortalecer. Bicho-Espírito, vamos nos fortalecer. Maracá, vamos nos fortalecer. Vento, vamos nos fortalecer. Terra, vamos nos fortalecer.

Rio Xingu! Vamos nos fortalecer!

Leve minha mensagem nas suas ondas para todo o mundo: a terra é fonte de toda vida, mas precisa de todos nós para dar vida e fazer tudo crescer.
Quando você avistar um reflexo mais brilhante nas águas de um rio, lago ou mar, é a mensagem de lamento do Xingu clamando por viver.


Cacique Mutua

Que a justiça se faça!
Se nã a dos homens, com certeza a da Mãe Terra e a do Grande Espírito!
Ação e Reação!
Ahowww!!!
Carol Magri