14/12/2010

Somos mesmo um círculo?



Tenho refletido muito, e principalmente vivenciado o papel dos círculos de mulheres... Sem dúvida é um movimento lindo! Harmônico, totalitário, igualitário na sua essência. Ou pelo menos é assim que deveria ser... Deveria se o tão do EGO não falasse mais alto... Sentimentos como ciúme, posse, inveja, disputa, não deveriam fazer parte disso, pois é justamente essa disputa que faz o patriarcado estar onde está!
Precisamos refletir sobre como temos nutrido isso em nós e em nossos círculos...
Acredito em uma irmandade ampla e irrestrita... pode até parecer uma visão muito romântica de paz e amor... Mas essa é a forma como sinto o movimento, principalmente em se tratando de Espiritualidade Feminina. Algo muito mais sério e profundo, que envolve forças muito maiores, com propósitos que nem mesmo nós temos a devida noção.
 Então de quem é o círculo?
Da Deusa, da Grande Mãe... das Matriarcas, das ancestrais... de todas nós mulheres! Digo isso não para julgar alguém, mas, primeiramente pra mim mesma. Nada é meu tudo é nosso, o círculo pertence a todas! 
Quando estamos no papel de guardiãs, sacerdotisas, facilitadoras, na realidade somos apenas pontes. Pontes que transmitem mensagens, canalizações, projetos... É claro que temos nossa contribuição pessoal, temos nosso livre arbítrio, escolhemos ser um canal, nos abrimos para isso e assim aprimoramos também nossa centelha divina! Então é aí que me questiono até onde podemos atribuir projetos, inspirações e conquistas ao nosso próprio EGO, a nossa própria maestria? Será que o que “criamos” é nosso mesmo? De onde veio, por que veio... Qual finalidade?
Penso que se conseguirmos discernir essas mensagens, com certeza o risco de errar será menor e assim estaremos mais condizentes com nossas falas, nossas palavras...
E fica aqui mais uma reflexão... Será que somos um círculo? Aquele que é ventre... Aquele que acolhe e compartilha?
O círculo é uma ilusão do que não está vendo... Outros círculos, um dentro do outro se entrelaçando, como os fios de uma teia... Então somos todas um círculo, sem um começo, sem um fim... sem nome, sem cor, só o amor... Sinto as conexões, os laços, as diferenças, as semelhanças...  Os ventres!

Sou da Irmandade de todas as mulheres!

Sou Ana Carolina (filha da Grande Mãe Divina) e assim falei!


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